domingo, março 18, 2007


É bom lembrar que entre os portugueses, como a maioria dos europeus sem excepção, até o começo do século XVIII ou um pouco mais, o hábito do banho não era cultivado quanto mais entre os serviçais. O máximo que poderiam fazer seria um escalda-pés, assim mesmo como remédio. Para melhorarem o aspecto, trocavam uma roupa por outra menos suja ou por uma nova. Disso já se fizeram registos dizendo-se dos nobres: “bem vestidos, mas fedorentos!”
E os nossos descobridores não escaparam à regra. Já os franceses, na mesma situação, criaram perfumes mais fortes, concentrados e duradouros, feitos com essências importadas das Índias. Alimentavam, esses povos, a crendice de que o banho era prejudicial ao corpo e à saúde, orientados pelos doutores da época, segundo os quais a limpeza da pele proporcionaria a abertura dos poros e assim livre entrada às doenças. Sem o banho a epiderme virava um blindado coscorão. Como pensar nesses povos explorando a sexualidade? Com certeza, o acto sexual não teria o mesmo encanto, os mesmos jogos preliminares que hoje se fazem presentes até a consumação. Estava mais voltado para o período fértil da fêmea quando ela se mostrava mais ardente. O cio, por assim dizer. O macho, como um animal irracional, percebia, com o seu faro, o momento propício ao acasalamento com a fêmea mais receptiva.
Por certo o cheiro que homem e mulher exalavam funcionariam como um tempero, um atractivo para que melhor se entendessem nas suas relações amorosas. Não desfrutavam eles, cremos, do mesmo fetiche de hoje, do prazer proporcionado por uma pele limpa, macia, asseada, cheirosa, numa simbiose envolvente dos corpos enlevando até a alma, morada certa do prazer, do amor sensual, característica que diferencia do homem do animal irracional.

Velhos truques de sedução que já fazem falta!

HIONG NU é também o respeito pelas tradições...

1 comentário:

patricia disse...

Faltou referir a questão dos pêlos! O que o homem gostava era de mulher de pêlo na venta! Aliás, acho que ele gostava de tudo...

As pernas seriam comparáveis às de um jogador de futebol, as virilhas seriam mato e as axilas todo um mundo de lianas, onde os homens se deliciariam, quais tarzans...

Respeito pelas tradições é o que deveria haver e aí respeito HIONG NU.